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Ministros e sociedade civil se reúnem para debater crise global na educação

Encontro inédito acontece na Argentina, às vésperas da reunião do G20.

Organizações da sociedade civil apresentam propostas sobre os desafios educacionais mais urgentes do mundo em primeira reunião histórica dos Ministros da Educação do G20, que acontece hoje (5 de setembro) em Mendoza, Argentina.

As instituições, muitas delas com décadas de experiência na área de educação, levam aos ministros quatro documentos importantes. Entre eles, o grupo discutirá como criar uma força de ensino altamente motivada e profissional; levantará questões em torno da equidade e inclusão; abordará propostas de como combinar o futuro mercado de trabalho com as habilidades certas dos jovens; e analisará como a educação, os jovens e as mídias sociais interagem.

“Nossa esperança é que os ministros do G20 escutem nossas recomendações políticas. Entre outras coisas, elas abordam o crescente papel da tecnologia na vida dos jovens, reconhecendo que, no ambiente educacional do Século XXI, a aprendizagem on-line pode oferecer grandes benefícios”, afirma Vikas Pota, presidente da Varkey Foundation – fundação de caridade global focada em melhorar os padrões de educação para crianças carentes. A reunião será presidida conjuntamente pelo representante da instituição e pelo senador de Buenos Aires e ex-Ministro da Educação da Argentina, Esteban Bullrich.

Embora o G20 tenha se reunido regularmente desde sua criação em setembro de 1999, é a primeira vez que todos os Ministros da Educação do G20 realizam uma cúpula, em um momento em que há preocupação crescente com a crise global da educação. Em todo o mundo, existem quase 263 milhões de crianças fora da escola, e, das 650 milhões de crianças em idade escolar, 40% não está aprendendo o básico. Seguindo os atuais índices de progresso, teremos que esperar até 2072 para erradicar o analfabetismo entre os jovens e atingir o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável da ONU: educação de qualidade para todos.

Será preciso ainda recrutar 69 milhões de professores até 2030. As falhas educacionais comprometem seriamente o futuro da economia global. “Nós temos escorregado no desenvolvimento sustentável da era da automação – em que aqueles com baixas habilidades já estão começando a ver seus empregos sendo substituídos por máquinas – e esse problema pode piorar. A economia será implacável para aqueles que não tiverem Educação”, finaliza Vikas Pota.

Reunindo-se à margem da cúpula do G20 para tratar dessas questões, um grupo formado por organizações da sociedade civil, incluindo o Plan International Canada, a Education International e a Harvard School of Education, trará suas décadas de experiência em primeira mão para lidar com os desafios educacionais por meio de soluções criativas, práticas e pioneiras.

As OSCs (Organizações da Sociedade Civil) devem debater como a comunidade internacional pode liderar a educação, que papel o G20 pode desempenhar para fortalecer as reformas vitais da educação, como as barreiras à mobilidade social podem ser divididas e como a alfabetização digital pode ser melhor empregada para beneficiar a educação em pleno Século XXI.

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