Classificação indicativa da produção da Netflix é de 16 anos, por trazer cenas de sexo e violência.
Na quinta-feira (7), a direção do colégio Pequeno Polegar, localizado na cidade de São José dos Pinhais (PR), decidiu enviar uma carta aos responsáveis alertando que crianças de 8 a 10 anos estavam assistindo à série Round 6.
Na série, pessoas com problemas financeiros são convidadas a participar de uma competição na qual precisam vencer provas para ganhar um prêmio milionário. Pelas regras, os competidores participam de jogos infantis e quem perde é morto.
Vale destacar que a classificação indicativa da produção da Netflix é de 16 anos, justamente por trazer cenas de sexo e violência.
Diretor da escola paranaense, Haroldo Andriguetto, 37, diz que começou a ficar preocupado quando viu que a maior parte dos alunos estava reproduzindo as competições de “Round 6”, inclusive fingindo que estavam matando umas às outras. “Qualquer pai e mãe ficaria horrorizado com o que eu vi.”, relata.
Após enviar o documento aos pais, a direção recebeu por volta de 15 emails agradecendo o alerta. Alguns nem sabiam que os jovens estavam acompanhando “Round 6”. “Ao conversar com os filhos, eles se surpreenderam porque as crianças sabiam tudo sobre a série.”
Relatos nas redes sociais apontam que repetir os jogos de Round 6 virou uma mania em escolas de diferentes localidades do país. Na Grande SP, por exemplo, professores de escolas públicas disseram à reportagem do Educação.BIZ que já é comum encontrar crianças repetindo as brincadeiras de Round 6 durante o intervalo.
Psicóloga especializada em atendimento às crianças, Júlia Porciúncula, 41, diz que o conteúdo da série de fato pode trazer prejuízos psicológicos aos jovens.
“Como o ser humano é subjetivo, não dá para adivinhar o futuro. Mas, baseado nas pesquisas que já existem, expor crianças de um modo geral a conteúdo violento gera problemas.”, explica a profissional.
Em entrevistas recente ao jornal O Globo, o próprio criador do programa sul-coreano, Hwang Dong-hyuk, pediu que os pais sejam prudentes e protejam seus filhos desse tipo de conteúdo.
Com informações da Folhapress
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