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Estado de SP já tem data para retomar aulas presencias nas escolas

O governador de São Paulo, João Doria, anunciou hoje (24) que as aulas presenciais na rede de ensino do estado voltarão a partir de 8 de setembro, em sistema de rodízio.

Segundo Doria, a medida afeta 13,3 milhões de alunos tanto da rede pública quanto da rede privada e contempla todas as etapas de ensino, do infantil ao universitário de São Paulo.

O retorno às aulas foi planejado com base no Plano São Paulo de retomada econômica do estado, dividido em cinco fases que vão do nível máximo de restrição de atividades não essenciais (vermelho) a etapas identificadas como controle (laranja), flexibilização (amarelo), abertura parcial (verde) e normal controlado (azul).

O secretário estadual de Educação, Rossieli Soares, que se recupera em casa após uma internação por covid-19, participou da coletiva de anúncio da retomada das aulas de forma virtual.

Segundo ele, a volta às aulas será de forma conjunta para todas as cidades do estado, considerando que, nessa data estimada de retorno, todo o estado paulista já esteja na fase amarela de flexibilização da economia há pelo menos 28 dias.

O retorno completo das aulas, com a totalidade dos alunos e professores, só acontecerá quando a quase totalidade (80%) das regiões do estado estiverem na fase verde de reabertura.

Etapas para retorno às aulas
Os alunos voltarão às aulas de forma gradual. Na primeira etapa, prevista para ser iniciada no dia 8 de setembro, até 35% dos alunos poderão voltar às aulas presenciais, respeitando o distanciamento de 1,5 metro.

Tomando como exemplo uma unidade escolar com mil estudantes, somente 350 poderão ter aulas presenciais a cada dia, enquanto que os demais continuarão a cumprir atividades remotas.

Cada escola deverá definir o revezamento de alunos, e cada estudante deverá ter ao menos um dia de aula presencial por semana, desde que não esteja no grupo de risco para a doença.

Já na segunda etapa de retorno, poderão voltar às aulas 70% dos alunos. A terceira etapa já considera a totalidade dos alunos de forma presencial.

Protocolos
Os profissionais da área de educação e os alunos que compõem o grupo de risco para a covid-19 [doença provocada pelo novo coronavírus], seja por idade ou por apresentar comorbidades, deverão permanecer em casa, disse Soares.

Já os alunos, funcionários e professores que estiverem na escola terão que fazer uso obrigatório de máscara nas aulas presenciais.

Serão organizadas as entradas e saídas dos alunos para evitar aglomeração e horários de pico no transporte público. Realização de feiras, palestras, seminários, assembleias ou campeonatos esportivos escolares estarão proibidos.

Os horários de intervalo ou recreio serão feitos com revezamento de turmas e em horários alternados. E as atividades físicas deverão ser feitas principalmente ao ar livre. A sala de aula terá que ser ventilada, de preferência com as portas abertas.

Protocolos específicos sobre a volta às aulas, como o de quem serão os alunos que vão compor os 35% de retorno para a escola, estão sendo elaborados pela Secretaria de Educação e serão divulgados em breve.

Um dos protocolos que está em estudo, disse o secretário, é o que vai estabelecer a testagem de professores e funcionários, principalmente dos sintomáticos.

Outro assunto que está em estudo pelo governo paulista é o que prevê um quarto ano do Ensino Médio, de forma optativa, para alunos que estejam concluindo o curso em 2020 e que queiram se preparar melhor para a universidade.

Já as instituições de ensino ou rede terão autonomia para escolher as melhores estratégias junto com a comunidade escolar ou acadêmica. As prefeituras são autônomas para regulamentar o plano de retomada a partir do dia 2 de julho.

Recuperação
A Secretaria da Educação estima que o plano de recuperação de ensino deve durar pelo menos até 2022, ou seja, não adiantará estender aulas para os meses de férias para recuperar o tempo que foi perdido por causa da quarentena.

Fonte: Agência Brasil

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